quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Na Bolivia

Hola amigos!!!

Primeiramente quero explicar que ñ vou acentuar as palavras porque ñ consigo escrever direito no teclado na bolivia.

A primeira impressao que tive quando cheguei a aqui foi a que é na realidade, malandragem,
Logo na fronteira o cara da imigracao estorquio de Alessandra e eu R$10,00 ( mais de 30,00 bolivianos) para carimbar nosso passaporte. A justificativa? Porque estava fechado e eles estavam trabalhando alem do horario. Quando chegamos em Quijarro na Ferroviária Oriental para comprar nossas passagens descobrimos que muitos outros mochileioros tinham sido lesados do mesmo jeito.
A compra da passagem foi tao desgastante quanto, chegamos 8h da manha para comprar passagem, sendo que a bilheteria abre as 9h, e ja tinha uma fila gigantesca. Ficamos la ate as 13h e o mais foda e que na fica de idosos muitos cambistas compravam mais de dez passagens de uma vez para vender mais caro. Resultado ñ conseguimos passagem e dormimos em Quijaro num alojamento bem zuado por R$ 7,50 por pessoa.

Continua...

sábado, 26 de dezembro de 2009

Calor em Corumbá

Ou seja, cerveza!

Pantanal

Sidinei e o Pantanense Doro
Doro comandante!

Tomanda tereré no meio do rio Paraguai... conheci mesmo o pantanal!



O por-do-sol, vista da chalana no meio do rio.


Corumbá!! Primeiro dia 24/12

Chegamos no albergue e logos fomos procurar o que comer, comemos num posto de gasolina igual umas mortas de fome, e depois finalmente tomamos banho ( não tomávamos desde o dia 22 quando saímos de SP). Logo achamos um buteco muito gostoso do lado do albergue e tomamos uma breja ( uma porque a breja era 4 reais...)
A tarde fomos no museu da cidade que mostrava a história do pantanal e no porto do rio Paraguai que é lindo!!! No porto conhecemos o Zé Leoncio, um dono de barco que faz passeio pelo rio para turistas. Uma coisa interessante é que ele inspirou o personagem Zé Leoncio da novela Pantanal e o barco dele aparece na abartura da novela. Ele nos contou peculiaridades sobre o pantanal, conversamos horas com ele, e ele nos ensinou a tirar siriguela do pé...rs
Depois fomos embora com vontade de conhecer melhor o pantanal.
Era vespera de Natal, data que sempre me deixa meio drepê, até porque eu não comemoro a data e não tem bar aberto...
Então Alê e eu fomos no mercado e fizemos um ceia de berinjela ( minha especialidade berinjela ao forno ,e macarrão com berinjela e bacon especialidade da Alê). Ceiamos com o funcionario do albergue, o Cleidison, e o Pen um australiano hospedado que chama a namorada dele de marido pq não sabe falar português... demos muita risada com ele, principalmente quando a Alê tentava explicar pra ele que deus era brasileiro enquanto eu fazia intermediação com meu inglês magnífico...rs
Abrimos uma Cereser e fomos dormir....

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Chegando em Campo Grande (MS)

A viagem foi muito cansativa, 15 horas de viagem. Mal dormi, mas me recuperei um pouco quando vi o rio Paraná pela janela do ônibus... lindo. O único probleminha que deu durante a viagem foi que depois da parada de Presidente Prudente embarcamos no ônibus errado, o motorista teve que voltar pra levar a gente de volta pro nosso ônibus.
Resolvemos economizar com hospedagem, e ficar hoje em Campo Grande o dia inteiro na rua ( sem tomar banho) e dormir no ônibus a noite indo pra Corumbá...
O pior é que aqui tá um calorão, estou me sentindo uma andarilha - só falta as missangas porque meu cabelo já tá parecendo de bicho grilo.
É tudo muito caro por aqui, igual ou pior que Sampa, amanhã estarei em Corumbá e espero estar limpa e descansada quando escrever por aqui novamente..

bjus

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Tá bom

Senta aqui que hoje eu quero te falar
Não tem mistério, não
É só teu coração
Que não te deixa amar
Você precisa reagir
Não se entregar assim
Como quem nada quer
Não há mulher, irmão, que goste desta vida
Ela não quer viver as coisas por você
Me diz, cadê você ai?
E ai, não há sequer um par pra dividir

Senta aqui, espera que eu não terminei
Pra onde é que você foi
Que eu não te vejo mais?
Não há ninguém capaz
De ser isso que você quer
Vencer a luta vã
E ser o campeão
Pois se é no "não" que se descobre de verdade
O que te sobra além das coisas casuais
Me diz se assim está em paz?
Achando que sofrer é amar demais

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

terça-feira, 24 de novembro de 2009

O Tempo

A gente se deu tão bem
Que o tempo sentiu inveja
Ele ficou zangado e decidiu
Que era melhor ser mais veloz e passar rápido pra mim
Parece que até jantei
Com toda a família e sei
Que seu avô gosta de discutir
Que sua avó gosta de ouvir você dizer que vai fazer

O tempo engatinhar
Do jeito que eu sempre quis
Se não for devagar
Que ao menos seja eterno assim

Espero o dia que vem
Pra ver se te vejo
E faço o tempo esperar como esperei
A eternidade se passar nos dois segundos sem você
Agora eu já nem sei
Se hoje foi anteontem
Me perdi lembrando o teu olhar
O meu futuro é esperar pelo presente de fazer

O tempo engatinhar
Do jeito que eu sempre quis
Distante é devagar
Perto passa bem depressa assim

Pra mim, pra mim

Se o tempo se abrir talvez
Entenda a razão de ser
De não querer sentar pra discutir
De fazer birra toda vez que peço tempo pra me ouvir
A gente se deu tão bem
Que o tempo sentiu inveja
Ele ficou zangado e decidiu
Que era melhor ser mais veloz e passar rápido pra mim

Eu que nunca discuti o amor
Não vejo como me render
Ah, será que o tempo tem tempo pra amar?
Ou só me quer tão só?
E então se tudo passa em branco eu vou pesar
A cor da minha angústia e no olhar
Saber que o tempo vai ter que esperar

E o tempo engatinhar
Do jeito que eu sempre quis
Se não for devagar
Que ao menos seja eterno assim

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Insônia - Parte 2


Caros,




Em virtude de reflexões profundas e insides contínuos, resolvi mudar o nome do meu blog em um momento de insônia.


Gritos e sussuros, cai entre nós, era démodé demais.


Resolvi mudar para Poá com Abacaxía, não tem nenhum significado concreto, mas é o melhor que pude imaginar no momento ...


Mas enfim, daqui a um tempo posso achar péssimo o título do blog, pois eu nunca acho que escolhi um bom título pra blog (e olha que já tive vários).






"Nesse calor é bom


salada de manga com abacaxia


manjericão a terra dá


alecrim a terra chia


não autoriza a segunda ninhada da planta




Casa de mambú


é fácil de pegar fogo


sujeito fique ligado


que no céu tem tesoureiro


no mar tem peixe morrendo afogado"




(Mambú e Abacaxia - Comadre Fulozinha)

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Uns Versos

Meus lábios têm dito sem o uso da minha voz
Meus olhos, minhas mão, minha respiração descontrolada
Talvez isso explique o porquê que a Lua tem estado tão bonita
É obvio que isso iria acontecer, é tão natural que seria estranho se não fosse assim


“Sou sua noite, sou seu quarto
Se você quiser dormir
Eu me despeço
Eu em pedaços
Como um silêncio ao contrário
Enquanto espero
Escrevo uns versos
Depois rasgo “ (Uns versos – Adriana Calcanhoto)

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Tempo De Amor


Ah, bem melhor seria
Poder viver em paz
Sem ter que sofrer
Sem ter que chorar
Sem ter que querer
Sem ter que se dar

Ah, bem melhor seria
Poder viver em paz
Sem ter que sofrer
Sem ter que chorar
Sem ter que querer
Sem ter que se dar

Mas tem que sofrer
Mas tem que chorar
Mas tem que querer
Pra poder amar

Ah, mundo enganador
Paz não quer mais dizer amor

Ah, não existe coisa mais triste que ter paz
E se arrepender, e se conformar
E se proteger de um amor a mais

O tempo de amor
É tempo de dor
O tempo de paz
Não faz nem desfaz

Ah, que não seja meu
O mundo onde o amor morreu

Ah, não existe coisa mais triste que ter paz
E se arrepender, e se conformar
E se proteger de um amor a mais
E se arrepender, e se conformar
E se proteger de um amor a mais

(Baden Powell)

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Conto de Fadas para mulheres do século 21 - Parte 2

Era uma vez, numa terra muito distante, uma linda princesa independente e cheia de auto-estima que, enquanto contemplava a natureza e pensava em como o maravilhoso lago do seu castelo estava de acordo com as conformidades ecológicas, se deparou com uma rã.

Então, a rã pulou para o seu colo e disse:
- Linda princesa, eu já fui um príncipe muito bonito. Mas uma bruxa má lançou-me um encanto e eu transformei-me nesta rã asquerosa. Um beijo teu, no entanto, há de me transformar de novo num belo príncipe e poderemos casar e constituir um lar feliz no teu lindo castelo. A minha mãe poderia vir morar conosco e tu poderias preparar o meu jantar, lavarias as minhas roupas, criarias os nossos filhos e viveríamos felizes para sempre...

E então, naquela noite, enquanto saboreava pernas de rã à sautée, acompanhadas de um cremoso molho acebolado e de um finíssimo vinho branco, a princesa sorria e pensava: - Nem fo....den...do!

FIM!!!

(Luís Fernando Veríssimo)


Minha mãe morar conosco...sem dúvida essa é a pior parte...rsrs

Muito bom

Conto de fadas para mulheres do séc. 21

Era uma vez uma linda moça que perguntou a um lindo rapaz:
- Você quer casar comigo?

Ele respondeu: NÃO!

E a moça viveu feliz para sempre, foi viajar, fez compras, conheceu muitos outros rapazes, visitou muitos lugares, foi morar na praia, comprou outro carro, mobiliou sua casa, sempre estava sorrindo e de bom humor, nunca lhe faltava nada, bebia cerveja com as amigas sempre que estava com vontade e ninguém mandava nela.

O rapaz ficou barrigudo, careca, o pinto caiu, a bunda murchou, ficou sozinho e pobre, pois não se constrói nada sem uma MULHER.

FIM!!!

(Luís Fernando Veríssimo)


hahahhahahaha

Não pude deixar de postar, é muito bom, e quem escreveu foi um homem!
Isso que é conhecer a alma feminina...rsrsrs

domingo, 25 de outubro de 2009

Minha cabana

Quando acordo ao seu lado esqueço de tudo. Perco a hora, sinto paz, me encho de sossego.
Eu queria fazer uma cabana debaixo do seu edredom e nela guardar meus livros, meus óculos, minha caneca, meu guarda-roupa, meus sapatos...
Mas acho que esta cabana existe.
Toda vez que chego e saio dela, vivo fazendo mudança e sempre esqueço algo importante no seu lençol. Isso sempre me leva ao mesmo lugar para procurar, mas distraída como sou, perco alguma coisa novamente e enquanto não volto para buscar fico agoniada.
Uma vez perdi minha boca no seu ouvido. Já perdi também meu sono nos teus quadris. Perdi também meu controle no seu pescoço. A tristeza perdi na primeira vez que estive lá.
Esta deve estar perdida no meio das roupas sujas até hoje...

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Mal Nenhum

Nunca viram ninguém triste?
Por que não me deixam em paz?
As guerras são tão tristes
E não tem nada demais
Me deixem, bicho acuado
Por um inimigo imaginário
Correndo atrás dos carros
Como um cachorro otário
Me deixem, ataque equivocado
Por um falso alarme
Quebrando objetos inúteis
Como quem leva uma topada
Me deixem amolar e esmurrar
A faca cega, cega da paixão
E dar tiros a esmo e ferir
O mesmo cego coração
Não escondam suas crianças
Nem chamem o síndico
Nem chamem a polícia
Nem chamem o hospício, não
Eu não posso causar mal nenhum
A não ser a mim mesmo
A não ser a mim mesmo
A não ser a mim

Feliz dia das Crianças!

terça-feira, 6 de outubro de 2009

O teu olhar

Por causa do teu olhar parei
Pensei em viver algo diferente
Dancei, olhei - com toda graça que podia olhar
Sem pensar em nada, salivei

Um olhar que tentei fugir
mas não consegui evitar
Tão doce que comi
e me deu sede de sentir
o que podia me causar

Transcendi, engasguei, fiquei sem ar
É tão novo, e querer antigo
a ponto de retornar à razão
de estar aqui

Essa mistura de medo e desejo
me faz querer caminhar
Me levou em direção à Lua
e já não sei como voltar

A menina dos acasos...

Veio de longe
do alto do morro
desceu pro meu quintal
maracatuzando sua meninice
trançou olhares
bordou o infinito em tua retina
no seu universo me fez presa
Linda e de voz serena
soprou belezas em meus ouvidos
foram transes, foram hipnoses
delírios e devaneios
goteirou felicidade onde só havia pranto
eternizou cada momento
cavou e semeou reticências
Dama da noite
preencheu-me com teu aroma
suas mãos de pétalas me guiavam
na cadência de suspiros e prosas
me trouxe o ar pra mergulhar
me trouxe paz
e partiu...


André Luiz Pereira

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Sorte Cega

Minha alma engasga,
a garoa molha meu nariz.
A dureza de trazer de volta pra mim o poder sobre meu querer,
me faz ter a certeza de que o que as vezes o corpo deseja o que faz mal ao coração.
Não há nada de mal na realidade, mas não temos tudo.
Então entre o ir e ficar existe um abismo profundo d'onde não consigo sair.
Por isso, darei meu passo adiante de olhos fechados,
pois sofro se fico e sofro se vou.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Falta de respeito por parte do poder público à população pobre

Um caso problemático a respeito à moradia no Capão Redondo é causado pela obra de Canalização do Córrego do Pirajussara - Projeto do DAEE n° 2009/22/00015-2 - nos Municípios de São Paulo, Taboão da Serra e Embu das Artes. Desde o começo do ano as casas receberam um selo e, algumas dessas, foram cadastradas com o objetivo de remoção como parte do projeto de canalização do córrego. Porém até agora não houve nenhum esclarecimento por parte do poder público sobre para onde estas famílias serão transferidas e quais casas vão ser realmente retiradas. É visível a falta de preocupação do poder público com essas famílias, estamos acompanhando mais de perto as famílias atingidas pela obra na região do Jardim Irene, na região do Capão Redondo e as famílias que moram no município de Embu das Artes da área que faz divisa com São Paulo – perto do Jardim Irene, através do Fórum do Jardim Irene. Muitas famílias que tivemos contato tiveram suas casas mapeadas e seladas sem terem nenhuma informação sobre o projeto de canalização, sem mesmo estarem em casa durante o ocorrido. A maior preocupação das famílias é que em muitas casas moram mais de uma família, e por não terem respondido nenhum cadastro corem o risco de não receberem uma política de habitação adequada para a quantidade de moradores que existem na casa. A prefeitura de Embu das Artes e a subprefeitura de São Paulo não dão nenhuma informação concreta sobre a retirada das casas, e a política de habitação que será utilizada. Sabemos que tem uma verba de 20 milhões em desapropriações (para toda obra), sendo que a verba total do projeto é 50 milhões. Pelo tamanho da obra e a quantidade de casas que serão desapropriadas, é nítido que não haverá verba o suficiente para realocar essas famílias dignamente. Atualmente estamos junto com os moradores passando um abaixo-assinado para exigir uma audiência pública para maiores esclarecimentos – atrasado – para a população.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Alma Errada - Mário Quintana

Há coisas que a minha alma,
já mortificada não admite:
assistir novelas de TV
ouvir música Pop
um filme apenas de corridas de automóvel
uma corrida de automóvel num filme
um livro de páginas ligadas
porque, sendo bom, a gente abre sofregamente a dedo:
espátulas não há… e quem é que hoje faz questão de virgindades…
E quando minha alma estraçalhada a todo instante pelos telefones
fugir desesperada
me deixará aqui,
ouvindo o que todos ouvem, bebendo o que todos bebem,
comendo o que todos comem.
A estes, a falta de alma não incomoda. (Desconfio atéque minha pobre alma fora destinada ao habitante de outro mundo).
E ligarei o rádio a todo o volume,
gritarei como um possesso nas partidas de futebol,
seguirei, irresistivelmente, o desfilar das grandes paradas do Exército.
E apenas sentirei, uma vez que outra,
a vaga nostalgia de não sei que mundo perdido…

Fraguimentos

"Veja bem, nosso caso é uma porta entreaberta
Eu busquei a palavra mais certa
Vê se entende o meu grito de alerta
Veja bem, é o amor agitando meu coração
Há um lado carente dizendo que sim
E essa vida da gente gritando que não"

Música: Grito de Alerta
Composição: Gonzaguinha

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

A Música...

Cachaça - Vanguart

E só me vem quando não há certeza
Me desconjuros pra apagar a beleza
Da incertidumbre das mesmas mãos que as suas

E me atinge da melhor maneira
Como cânhamo ou cachaça
Pra antecipar a quarta-feira

Eu vou sair,
Talvez te encontrar
São cinco e meia da manhã
E cadê?

Você sorri movendo quase nada
E antecipa a velha longa estrada
E os teus galhos vão me arborizando nu

Ainda teimo que não sou pra isso
Mas seus olhos gostam de correr o risco
E quero estar só, comigo

Eu vou sair,
Talvez te encontrar
São cinco e meia da manhã

Eu vou sair,
Pra não te encontrar
Não sei que horas da manhã

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Escrever para a vida!

Ando procurando saber mais da vida.
Leio filosofia, sociologia, economia e poesias...
Mas o que é saber mais da vida?
É abstrair coisas do cotidiano?
É saber mais da essência do indivíduo,
ou analisar a coerção do coletivo?

As vezes acho inútil escrever sobre os meus conflitos cotidianos.
Parecem ser sem serventia nenhuma para a construção da minha história.
Mas se for me afastando do que aprendo empiricamente sobre o mundo
cairei em um lugar comum, em que faço de mim mesma um objeto de estudo.

Muitas coisas me chamam atenção:
as paredes da cidade, a criança no parque, as paredes com infiltração...
Mas só consigo escrever sobre aquilo que enche meu coração,
o que me identifico e que só diz respeito a minha construção.

A vida parece ser isso, e assim vou escrevendo a minha filosofia,
a minha história, e geografia.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Quero que deixe-me...

Me deixe ver-me com você
Como em um teatro de sombras
onde a luz cresce e desvalece...

Ver você olhando a cigana
e servindo-a como uma rainha
que só tem a majestade
olhando de cima

Deixar-me-ei ser
Como uma garota que
só sabe o que quer
no fim de semana...

Não ligue se parecer contraditório
o querer e não querer
se tudo é estranho
quando mudo meus planos
influênciada por uma Lua Nova

Me deixe Pisar em ovos
espalhados em terrenos perigosos
Vou tentar outros caminhos
e voltar de vez em quando.

Eu só sei que
se rascunho poesias rasas
é por que sou fraca
e tenho consumido
o que não foi me alimentado

Se me apaixono por tudo
que me faz pensar na vida,
como poderia resistir
àquilo que me tem feito mulher?

Como não se pode
racionalizar os sentimentos
Embora eu tente
Vou sanar minhas loucuras
em seu lençol
enquanto é
quente.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Aprendizado

Do mesmo modo
que da alegria
Foste ao fundo
e te perdeste nela
e te achaste
nessa perda
deixa que a dor se exerça agora
sem mentiras
nem desculpas
e em tua carne vaporize
toda ilusão
que a vida só consome
o que a alimenta.

Ferreira Gullar

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

E por que sim?

Eu sou assim, sem por nem tirar...
Sou impulsiva
Gosto de sair por aí sem rumo
Gosto de alguma estabilidade também
As coisas são simples meu bem
Não sei fazer tipo

Não sou bailarina
e nem garota de Ipanema
Sou meio Tereza, mas não todo dia
Não sou exemplo e nem quero ser
Sou indecisa, não sei o que quero da vida
Queria sim descobrir o que a vida quer de mim

Gosto de escrever, mas não sempre
Gosto de ler, mas não sempre
Sou o que quero ser, mas não sempre

Não vou ficar me explicando
Não vou fazer um resumo de mim mesma
Não vou pedir pra me entender
Vou apenas retirar o meu mundo de cena
E voltar a fugir

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Paranóia I

Nomes.
A gente vive tentando atribuir nomes para as coisas.
Mas não é à toa, somos seres lingüísticos e é através de palavras colocamos significados nas coisas e contamos nossa história.
Convenções.
Algumas convenções são renovadas na história da humanidade, alguns elementos delas mudam com a mudança cultural, mas sua essência permanece porque gostamos de saber se o outro está em consenso conosco.
Nos relacionamentos, por mais que queremos ser libertários a respeito desses contratos sociais, acredito que facilite fazer acordos, e porque não nomear as relações, pois nesses nomes já tem esses acordos?
Não que isso traga alguma certeza do futuro ou mude a essência da relação a dois, por exemplo, mas traz um entendimento de interesse e a falta dele pode trazer tanta insegurança que não faz sentido trocar uma coisa pela outra.
Com tudo isso quero dizer que eu, socióloga, em crise com as convenções sociais desde a adolescência, chego a conclusão que acordos sociais são necessários, e que gosto de convenções que me tragam alguma estabilidade nesse mundo tão turbulento.
Estou falando de um tipo de relação, que tem um nome, que remete a vários acordos. Isso iria organizar uma parte a minha vida. Na vida profissional tem um contrato ético que sigo para não ter aborrecimentos, na família também, e com amigos nem se fala...
Porque temer então?

sábado, 8 de agosto de 2009

Resposta Incerta

Fui atrevida.
Me abri e me despi pra poder te ver melhor.
Resolvi apostar todos meus bens à sorte cega,
só pra ver se vale a pena acreditar na minha intuição.

Acordei e pensei :
é melhor morrer de paixão do que por falta dela...
Talvez foi a ressaca do "porre" que tenho tomado de ti
que me fez pensar em te dizer todas as letras que escondi.

Poesia de palavras simples
Nada a declarar além disso!
O que eu disse já está dito...

Alívio.

Agora vou esperar para ver
se havia razão sobre aquilo que eu tinha certeza.
Mensagem enviada ao seu destino...
Resposta incerta.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Fui pega!!!

Eu juro que tentei fugir, mas fui pega...
Não por pensar que você poderia me fazer mal,
Mas tenho medo de não ter controle sobre meus sentimentos.

Fui pega de repente,
só percebi quando pensei que não me queria mais.
Como poderia não sucumbir ao teu olhar?
Aos seus beijos, aos seus sussurros?

Agora sou frágil.
Tenho medo de você sumir do nada,
da mesma forma em que você surgiu naquela tarde de domingo.
Sinto medo, apenas quando estou longe.

Mas não sinto só medo...
Rio sozinha ao lembrar de você rindo de mim...
Sinto prazer ao lembrar do nosso sexo...
Fico ansiosa pra te ver de novo...
Enfim, volto a ter medo...

Mas não tenha medo!
Se preciso for, esquecerei de tudo
mais uma vez,
depois voltarei a fugir.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Duo

Mandei tudo pro inferno pra ficar só contigo
mas como você não vem esquentar imediatamente meu coração
ressucito os mortos que matei
Dia penso em você, noite vem me engolir
no meu direito já consquitado de existir como mulher
que conquistei a duras penas de amor.
Tenho medo de perder o que não tenho garantido.
Meu coração que está tão quente nesse inverno
quer continuar queimando
e se você não manter essa chama
outro irá fazer o trabalho sujo;
e eu com este direito adquirido
irei me deixar conquistar por outro cortejador
e emendar essa onda de amor partido.
Se ele só aparece quando o convém
e você só vem quando eu chamo
vou vendar meus próprios olhos e
deixar de racionalizar meus desejos.
Porque se não podes ser caça e caçador como eu
farei com que essa dualidade se completo com dois.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Um recado

"Quero que você me aqueça neste inverno
e que tudo mais vá pro inferno!"

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Ultimo Romance

Eu encontrei-a quando não quis

mais procurar o meu amor

E quanto levou foi pr'eu merecer

antes um mês e eu já não sei

E até quem me vê lendo o jornal

na fila do pão sabe que eu te encontrei

E ninguém dirá que é tarde demais

que é tão diferente assim

Do nosso amor a gente é que sabe, pequena

Ah vai!

Me diz o que é o sufoco que eu te mostro alguéma

fim de te acompanhar

E se o caso for de ir à praia eu levo essa casa numa sacola
Eu encontrei-a e quis duvidar
Tanto clichê deve não ser
Você me falou pr'eu não me preocupar
ter fé e ver coragem no amor
E só de te ver eu penso em trocar
a minha TV num jeito de te levar
a qualquer lugar que você queira
e ir onde o vento for, que pra nós dois
sair de casa já é se aventurar
Ah vai, me diz o que é o sossego
que eu te mostro alguém afim de te acompanhar
E se o tempo for te levar
eu sigo essa hora e pego carona pra te acompanhar

sábado, 20 de junho de 2009

Aos 23 anos:

Quero ter mais experiência
Quero conhecer todo o Brasil
Quero um amor leve
Quero agitação
Não sei o que quero fazer da vida
Quero não deixar de fazer o que tenho vontade
Quero ter liberdade e autonomia
Quero me apaixonar por tudo, não só por uma pessoa
Quero que meu entusiasmo dure para sempre
Quero me aprofundar em algo
Quero ser leve na medida certa
Quero fazer guerra pelo que acredito
Quero teorizar a minha dor e cantar minha alegria
Quero viver cada dia de uma vez

terça-feira, 16 de junho de 2009

Eu lírico

Uma menina, que não pode ouvir aquela música...
Ela não queria nada, ela queria paz.
Ela viu entrar no teatro escuro de mascarados
Aquele menino aventureiro que roubou a cena...
Apaixonável, inquestionavelmente o maior dos destinados
a viver sem preocupações.
Um samba quente, um trilha doce...
Um vinho seco, tão seco que engasga.
Um olhar molhado, tão molhado que embaraça.
Uma menina, apenas uma menina que ri dos seus sonhos
Que aprendeu a ser dura, mas é tão mole que se perde nas palavras...
Uma menina de coragem que se encanta com bobagens
e tem sonhos que são tão simples...
Ela tem medo do que ela não pode ver,
Ela tem medo do que a encantou.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

O samba

Eu fui mas, eu voltei...
E fui e acabou o samba...
eu fui, e cade você?
Eu fui e acabou o samba,
eu fui e cade você?
Cade????

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Insônia

Fumo um cigarro e penso:
Como tá caro esse vício...
Penso naquele menino que é de amargar...
Penso nas contas que tenho que pagar...
Penso nos quilos que não posso engordar...
Penso que não posso me apaixonar...
Penso se um dia quero me casar...
Penso em dormir oito horas por dia pra acordar...

Fumo mais um pra deitar...
Mas continuo pensando.

Penso nas músicas que tenho que baixar...
Penso que preciso parar de pensar...
Penso que a vida tem que ir de vagar...
Penso em morar na Bahia...
Penso em viajar pela América Latina...

Derrepente já perdi o sono.
Mas preciso dormir pra acordar e trabalhar,
e estar disposta pra dançar na sexta a noite.

Quero fumar pra descarregar
mas o meu vício é caro
e tenho contas a pagar,
e cervejas pra tomar.

Penso em viver mais devagar
mas tenho que me sustentar,
e ter Internet pra baixar
as musicas que não tem em vinil...
Penso que preciso tocar um instrumento
pra ter uma vida mais feliz...
Penso que preciso parar de pensar
para poder dormir...

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Fria

Hoja o dia nasceu muito frio
e meu coração mais frio ainda...

terça-feira, 2 de junho de 2009

Quente.

Hoje
o dia amanhaceu frio
e meu coração queimando
por causa da temperatura
entre nós, de
Ontem

domingo, 31 de maio de 2009

Valsa para ?

se eu fosse a sua
e não mais uma
as quatro luas eu lhe daria
pra me tornar sua maria
uma canção eu cantaria
minha resposta ao que eu ouvia
a mais bela melodia
foi roubar pra minha história
sua poesia de outrora
não por jura ou promessa
nem perdão ou vaidade
debaixo da condesseira
sua maria de verdade


Beto Villares / Céu

sábado, 30 de maio de 2009

Menino bonito, menino bonito ai...

Será que ele quer
ou será que não...
Será que agarro ou espero?

Acho que nada vai aconterecer
e derrepente... hum...
Enquanto beijo penso,
enquanto penso no beijo...

Ai meu deus!!
Era ou era o que eu queria??
Está muito bom, não posso viciar!
Mas se estivesse ruim seria melhor?
Me sentiria triste.

Tudo isso é medo de se sentir feliz
com medo de depois se sentir triste.

Agora o que faço?
Quando o terei de novo?
Não posso ligar, se não ele some!
Quem sabe mesmo assim ele suma...

Depois conheço outro broto
e começa tudo de novo.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Que malemolência!

Menino, menino... é um oásis no meio do deserto!
Pode ser que você seja até só mais um homem sem coração...
... mas eu só quero pensar em como você faria eu esquecer as coisas tristes desse mundo,
esquecer o meu nome e da minha elasticidade... rs
Lembro da tua malemolência que me faz cantarolar essa música:

Veio até mim
Quem deixou
me olhar assim
Nem pediu
Minha permissão
Não pude evitar
Tirou meu ar
Fiquei sem chão...

Menino bonito
Menino bonito, ai!
Ai menino
Menino bonito, ai!...

É tudo o que eu posso
Lhe adiantar
O que é um beijo
Se eu posso ter o teu olhar?
Cai na dança, cai!
Vem prá roda
Da Malemolência...

Menino bonito
Menino bonito, ai!
Ai menino bonito
Menino bonito, ai!...

É tudo que eu posso
Lhe adiantar
O que é um beijo
Se eu posso ter o teu olhar?
Cai na dança, cai
Vem prá roda
Da Malemolência...

Menino bonito
Menino bonito, ai!
Ai menino bonito
Menino bonito, ai!

A outra

Sempre a ultima a saber.
Como a gente só ve o que quer ver?
Nunca vou entender.

Paz, eu quero paz
Já me cansei de ser a última a saber de ti
Se todo mundo sabe quem te faz
chegar mais tarde
Eu já cansei de imaginar você com ela
Diz pra mim
se vale a pena, amor
A gente ria tanto desses nossos desencontros
Mas você passou do ponto
e agora eu já não sei mais...
Eu quero paz
Quero dançar com outro parpra variar, amor
Não dá mais pra fingir que ainda não vi
As cicatrizes que ela fez
Se desta vezela é senhora deste amor
Pois vá embora, por favor
Que não demora pra essa dor
sangrar.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

O que fazer?

Vontade.
Vontade de ligar
mas não faço porque vai me fazer mal
Vontade de fumar
também vai me fazer mal
Vontade de fazer nada
isso me faz mal, de verdade
Ocupar a cabeça com coisas palpáveis é um paliativo
Me auto-afirmar é um paliativo
Esperar o tempo passar é dolorido
Mas o que fazer para me sentir bem??



I Need Your Loving
Artist:
Gaylads


I need your loving, baby,
every day and night, now
I need your loving arms to hold me tight, tight now Ooh,
I need your loving, yeah, that sweet, sweet loving
Ooh, that tender loving
Every day and night, now, every day and night, now
Love got a hold on me, now, love got a hold on me, now,
I'm rocking, rocking, got me rocking and reeling
Yes, I'm rocking, rocking, got me rocking and reeling
Because I'm crazy about you baby, and I can't have enough of you
Got to have your loving, baby, got to have your kisses baby
I need your loving, baby, every day and night, now
I need your loving arms to hold me tight, tight now Ooh,
I need your loving, yeah, that sweet, sweet loving
Ooh, that tender loving Every day and night, now, every day and night, now
Ooh, I need your loving, yeah, that sweet, sweet loving
Ooh, that tender loving
Every day and night, now, every day and night, now
I need your loving, baby, every day and night, now
I need your loving arms to hold me tight, tight now
Ooh, I need your loving, yeah, that sweet, sweet loving
Ooh, that tender loving
Every day and night, now, every day and night, now
Every day and night, now, every day and night, now
Ooh, I need your loving, yeah, that sweet, sweet loving
Ooh, that tender loving
Every day and night, now, every day and night, now
Every day and night, now, every day and night, now

domingo, 24 de maio de 2009

Entre os dedos...

É muito estranho essa coisa de sempre querer o que está fora do alcanse. Tenho muitas possibilidades ao meu alcance mas aquele menino... ai... não entendo como mexeu comigo subitamente. Não sei se os homens sentem quando a gente está nas mãos dele, desde que eu prestei atenção nesse menino ele me foge entre os dedos... mas isto até que está divertido.
Ai se ele soubesse como eu sou tão carinhosa...

Meu coração, não sei por que
Bate feliz quando te vê
E os meus olhos ficam sorrindo
E pelas ruas vão te seguindo
Mas mesmo assim
Foges de mim
Ah se tu soubesses como sou tão carinhosa
E o muito, muito que te quero
E como é sincero o meu amor
Eu sei que tu não fugirias mais de mim
Vem, vem, vem, vem
Vem sentir o calor dos lábios meus a procura dos teus
Vem matar essa paixão que me devora o coração
E só assim então serei feliz
Bem feliz
Ah se tu soubesses como sou tão carinhosa
E o muito, muito que te quero
E como é sincero o meu amor
Eu sei que tu não fugirias mais de mim
Vem, vem, vem, vem
Vem sentir o calor dos lábios meus a procura dos teus
Vem matar essa paixão que me devora o coração
E só assim então serei feliz
Bem feliz

sábado, 23 de maio de 2009

Senhas

Eu não gosto de bom gosto
Eu não gosto de bom senso
Eu não gosto dos bons modos
Não gosto
Eu aguento até rigores
Eu não tenho pena dos traídos
Eu hospedo infratores e banidos
Eu respeito conveniências
Eu não ligo pra conchavos
Eu suporto aparências
Eu não gosto de maus tratos
Mas o que eu não gosto é do bom gosto
Eu não gosto de bom senso
Eu não gosto dos bons modos
Não gostoEu aguento até os modernos
E seus segundos cadernos
Eu aguento até os caretas
E suas verdades perfeitas
o que eu não gosto é de bom gosto
Eu não gosto de bom senso
Eu não gosto dos bons modos
Não gosto
Eu aguento até os estetas
Eu não julgo a competência
Eu não ligo para etiqueta
Eu aplaudo rebeldias
Eu respeito tiranias
E compreendo piedades
Eu não condeno mentiras
Eu não condeno vaidades
o que eu não gosto é do bom gosto
Eu não gosto de bom senso
Eu não gosto bons dos modos
Não gostoEu gosto dos que têm fome
Dos que morrem de vontade
Dos que secam de desejo
Dos que ardem...

Adriana Calcanhoto