quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Paranóia I

Nomes.
A gente vive tentando atribuir nomes para as coisas.
Mas não é à toa, somos seres lingüísticos e é através de palavras colocamos significados nas coisas e contamos nossa história.
Convenções.
Algumas convenções são renovadas na história da humanidade, alguns elementos delas mudam com a mudança cultural, mas sua essência permanece porque gostamos de saber se o outro está em consenso conosco.
Nos relacionamentos, por mais que queremos ser libertários a respeito desses contratos sociais, acredito que facilite fazer acordos, e porque não nomear as relações, pois nesses nomes já tem esses acordos?
Não que isso traga alguma certeza do futuro ou mude a essência da relação a dois, por exemplo, mas traz um entendimento de interesse e a falta dele pode trazer tanta insegurança que não faz sentido trocar uma coisa pela outra.
Com tudo isso quero dizer que eu, socióloga, em crise com as convenções sociais desde a adolescência, chego a conclusão que acordos sociais são necessários, e que gosto de convenções que me tragam alguma estabilidade nesse mundo tão turbulento.
Estou falando de um tipo de relação, que tem um nome, que remete a vários acordos. Isso iria organizar uma parte a minha vida. Na vida profissional tem um contrato ético que sigo para não ter aborrecimentos, na família também, e com amigos nem se fala...
Porque temer então?

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