quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Terça-feira.

Finalmente resolvi postar...
A vida é mesmo uma caixa de surpresas. As pessoas e seus conflitos me deixam aflita. Em meio de um mar de dificudades, encontro repolso nos braços de alguém. Alguém que também tem um mar de dificuldades e crises. As crises do outro me deixam em crise, mas será que é recíproco? Como saber?
Os relacionamentos são trocas e doações ao mesmo tempo. A voltade de estar junto bagunça a vida e o cabelo.
As vezes você quer entrar dentro do outro, não só do corpo e sim dos sentimentos.
Os dois também se misturam.
As coisas vão se delineando pouco a pouco, e as vezes o medo cresce quando as coisas ficam mais racionais. Saber que as coisas boas podem ter um fim, é muito difícil. Não importa quanto tempo demore pra isso acontecer, um mês ou anos, é sempre dolorido. Se termina antes de se consolidar, a dor é diferente, pois você sempre pensa o que poderia ter sido.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Será que vai dar certo?

O amor é um jogo de forças. Ganha quem tiver a química mais parecida com a sua.
Mas esse parecido é relativo demais... existem químicas mais parecidas dependendo do momento.

Mas quando acho essa química, só quero ela até me esbaldar. Hoje, consigo entender porque as pessoas casam e/ou são monogâmicas... é pura energia sexual. Bom, acho que o jeito que isso funciona muda de pessoa para pessoa.

A sua química, os elementos que compõe você, sua energia, ou o que você quiser chamar isso, é que vai definir o tipo de relacionamento que vai te fazer feliz. Moda não é o parâmetro.
Se nisso as pessoas combinarem, já é um passo dado. Mas não é só isso.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Você já me esqueceu

Vem
Você bem sabe que aqui é o seu lugar
E sem você consigo apenas compreender
Que sua ausência faz a noite se alongar
Vem
Há tanta coisa que eu preciso lhe dizer
Quando o desejo que me queima se acalmar
Preciso de você para viver
É noite amor
E o frio entrou no quarto que foi seu e meu
Pela janela aberta onde eu me debrucei
Na espera inútil e você não apareceu
Você já me esqueceu
E eu não vejo um jeito de fazer você lembrar
De tantas vezes que eu ouvi você dizer
Que eu era tudo pra você
Você já me esqueceu
E a madrugada fria agora vem dizer
Que eu já não passo de nada pra você
Você já me esqueceu
Você já me esqueceu
Você já me esqueceu
É noite amor
E o frio entrou no quarto que foi seu e meu
Pela janela aberta onde eu me debrucei
Na espera inútil e você não apareceu
Você já me esqueceu
E eu não vejo um jeito de fazer você lembrar
De tantas vezes que eu ouvi você dizer
Que eu era tudo pra você
Você já me esqueceu
E a madrugada fria agora vem dizer
Que eu já não passo de nada pra você
Você já me esqueceu
Você já me esqueceu
Você já me esqueceu
Você não veio amor
Você já me esqueceu

Roberto Carlos
composição: Fred Jorge

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Alvorada

A Lua foi minha cumplice e minha rival.
Eu a amei e a vi parti.
O orvalho tocou meu rosto, me congelou e me renovou.
Quando achei que não restou mais nada para eu admirar,
me vi sozinha e brilhando como a alvorada.

cris roseno


(Agora é a vez de dizer: e que venham as boníssimas novas!)

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Atrás da Porta

Quando olhaste bem nos olhos meus
E o teu olhar era de adeus
Juro que não acreditei, eu te estranhei
Me debrucei sobre teu corpo e duvidei
E me arrastei e te arranhei
E me agarrei nos teus cabelos
Nos teu peito, teu pijama
Nos teus pés ao pé da cama
Sem carinho, sem coberta
No tapete atrás da porta
Reclamei baixinho
Dei pra maldizer o nosso lar
Pra sujar teu nome, te humilhar
E me vingar a qualquer preço
Te adorando pelo avesso
Pra mostrar que ainda sou tua


Composição: Francis Hime/Chico Buarque

domingo, 5 de setembro de 2010

Caverna

Eu me perdi também.
Deslocada no mundo, estou perdida.
O que faço agora
se não posso mais ser quem eu sou?

Pode ser que nunca fui eu mesma.
E arrastá-te-me para uma caverna
onde o fogo do meu desejo
me faz ver apenas sombras e espectros
do meu mais novo e velho sonho.

Sempre tive medo de ser desnuda.
De descobrirem meus segredos
e perceberem que não sou a Monalisa
e muito menos, a garota de Ipanema...
... Teresa da praia...

Sim meu bem,
só você sabe que não sou bossa,
apesar de nova.

E por isso me perdi.
Quero me esconder,
me reinventar.

Pois não gosto de me apaixonar a esmo...

Por que não?
Mas, por que sim?

O amor não é funcional.
E foi isso que aprendi

a Fórceps.

Cris Roseno

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Apenas mais uma de amor

Como uma idéia que existe na cabeça e não
tem a menor pretensão de acontecer

...

Se amanhã não for nada disso
caberá só a mim esquecer
O que eu ganho e o que eu perco
Ninguém precisa saber...

;)

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Conselhos

Tome cuidado
Tenha cuidado de mim
Como uma cortina na janela
Não deixe nada me insultar

Tome tento
Não deixe o gasto apertar
Pois não sou cadeira velha
que não cabe no seu lar

Fique perto
Quando eu quiser me recostar
O seu peito é minha prece
e seus lábios meu lugar


Cristina Roseno

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Levanta tua cabeça, menina
Mostre que você é mais forte
Mostre que ninguém pode te enganar
Você é uma mulher de fibra
Quem não te trata como deve,
Não merece te ter por perto

Sim, eles tem que entender
Você é muito mais que tudo isso
Se você está só, é porque é assim que vai ser
Você não corre atrás de ninguém, garota
As portas se abrem pra você sem ter que mexer...

de Eunice

terça-feira, 27 de julho de 2010

Liberdade

O conhecimento liberta a minha alma onde tudo me aprisiona.
Saber o que seria a liberdade aumenta a angustia de saber que não sou livre para escolher meu caminho.
Não posso passar uma tarde de segunda lendo um livro quando minha alma me pedir.
Não posso usar meus dias de vida para o que eu bem quiser.
Tenho que adiar meus planos para quando alguém achar mais viável.
Porque não sou livre,

sou pobre.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Construção

Por isso sempre retorno.
Vou me encontrando
e me deixando perder
pouco a pouco...

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Direito à moradia

A falta de vontade política na garantia do direito a moradia. O direito a moradia é oferecido à alguns cidadão apenas. A maioria da população além de viver em moradia que se não é adequada, tem seus direitos violados freqüentemente sem ter consciência destes, e geralmente quando seu direito a moradia é violado pelo Estado é a população (geralmente pobre) é criminalizada muitas vezes por crime ambiental.
Um caso que ilustra bem o desrespeito ao direito à moradia acontece no Capão Redondo e é causado pela obra de Canalização do Córrego do Pirajussara - Projeto do DAEE n° 2009/22/00015-2 - nos Municípios de São Paulo, Taboão da Serra e Embu das Artes. Desde o começo do ano de 2009 algumas casas receberam um selo de identificação e, apenas algumas dessas, foram cadastradas com o objetivo de remoção como parte do projeto de canalização do córrego. Porém até agora ( Maio de 2010) não houve nenhum esclarecimento por parte do poder público sobre para onde estas famílias serão transferidas e quais casas vão ser realmente retiradas. É visível a falta de preocupação do poder público com essas famílias, estamos acompanhando mais de perto as famílias atingidas pela obra na região do Jardim Irene, na região do Capão Redondo e as famílias que moram no município de Embu das Artes da área que faz divisa com São Paulo – perto do Jardim Irene, através do Fórum de Moradores do Jardim Irene. Muitas famílias que tivemos contato tiveram suas casas mapeadas e seladas sem terem nenhuma informação sobre o projeto de canalização, sem mesmo estarem em casa durante o ocorrido. A maior preocupação das famílias é que em muitas casas moram mais de uma família, e por não terem respondido nenhum cadastro corem o risco de não receberem uma política de habitação adequada para a quantidade de moradores que existem na casa. A prefeitura de Embu das Artes e a subprefeitura de São Paulo não dão nenhuma informação concreta sobre a retirada das casas, e a política de habitação que será utilizada. Sabemos que tem uma verba de 20 milhões para plano habitacional para as 816 casas atingidas pela obra *, sendo que a verba total do projeto é 50 milhões. Pelo tamanho da obra e a quantidade de casas que serão desapropriadas, é nítido que não haverá verba o suficiente para realocar essas famílias dignamente. Os moradores com apoio ONGs da região e a defensoria pública, assim como moradores de outros bairros, tem que através de mecanismos jurídicos tentar interferir no projeto pela proteção dos seus direitos. No exemplo do Jardim Irene, algumas das coisas que moradores juntamente com a Defensoria Pública tem reivindicado sem sucesso:

- Audiência Pública com os Órgãos do Poder Público responsáveis pela obra para esclarecimentos sobre o a obra e a construção do plano de moradia conjunto com os diretamente atingidos.
- Garantia de Moradia que ou não tenha custos para o morador ( parcelamentos da caixa, pois muitos moradores não podem pagar prestações além da sua casa que vai ser removida é própria e sua por de usucapião de acordo com o Estatuto das Cidades**)

De acordo com Orientações da ONU para remoções baseadas em projetos de desenvolvimento (1997) que cria princípios com finalidade de orientar os Estados sobre como atuar em remoções sem desrespeitar os direitos da população afetada de acordo com os padrões internacionais dos direitos humanos:

- Informar e envolver a população em todo planejamento é em toda decisão é uma exigência durante todo o processo;
- Todas as informações devem estar disponíveis com antecedência em idioma e dialeto das pessoas que serão atingidas , em linguagem acessível e utilizando referencias comunitárias.
- Todos e todas devem ter voz assegurada e considerada, sem qualquer tipo de intimidação e com respeito as formas de expressão das comunidades atingidas .

Também de acordo com o Guia produzido pela ONU para moradia adequada :

“Não importa a forma legal de ocupação - as pessoas devem receber proteção mesmo que a casa ou terra onde vivam não sejam suas.

"Remoções e os despejos forçados devem ocorrer apenas em casos absolutamente necessários e quando não há outra alternativa.

"Algumas remoções devem ser consideradas necessárias, como por exemplo, no caso de pessoas vivendo em áreas sujeitas a desabamentos e inundações iminentes. Os casos de remoções consideradas legítimas devem sempre estar relacionadas a obras que sejam de relevante interesse público. O interesse público, nesse caso, deve sempre ser estabelecido de forma participativa, dando atenção e considerando realmente as visões daqueles que vivem nas áreas que serão impactadas.

"Além disso, a análise quanto a necessidade e adequação de um projeto de infra-estruturas e urbanização deve ser feita de forma transparente, com espaço para apresentação de propostas alternativas. Projetos que determinam a remoção sem que os envolvidos tenham previamente oportunidade de conhecer, participar e, inclusive, propor alternativas que impliquem em menor impacto não cumprem com os padrões internacionais de direitos humanos.

"As remoções e despejos forçados são considerados ilegais quando realizados com uso de força física e violência. Mas também remoções ‘pacíficas’ quando realizadas sem as precauções adequadas, podem ser consideradas ilegítimas.


Isso significa que assim como o Jardim Irene, muitos movimentos de moradia tem passado por inúmeros constrangimento e lutado por reivindicações que são consideradas, não só pela ONU, mas por diversas normas que regem, direta ou indiretamente a questão da moradia no meio urbano ou rural no Brasil.



*816 casas de acordo com o projeto que conseguimos através da Defensoria Pública de São Paulo. Porém é bem provável que essa quantidade não é real porque o cadastro não foi feito por família em casa terreno o que significa que o numero de famílias pode ser bem maior que esse número. Por isso é nítido que não haverá verba o suficiente para realocar essas famílias dignamente.

** Art. 10. As áreas urbanas com mais de duzentas e cinqüenta metros quadrados, ocupadas por população de baixa renda para sua moradia, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, onde não for possível identificar os terrenos ocupados por cada possuidor, são susceptíveis de serem usucapidas coletivamente, desde que os possuidores não sejam proprietários de outro imóvel urbano ou rural.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Meio intelectual, meio de esquerda

Olá Galera,
quem me conhece sabe que adoro uma piada boa e odeio tipo...
Já ouvi milhares de piadinhas por ir em butecos simples e ficar falando de política... que é clichê meio intelectual meio de esquerda, coisa e tal...
Acho que devemos separar bem o que é piada sobre nossa posição política e piada sobre uma série de comportamentos padrões que temos e nem percebemos as ironias que ele traz, como algumas descritas no texto...


A piada é bem sacada, eu acho...rs


Cris Roseno


Bar ruim é lindo, bicho
Por Antonio Prata


Eu sou meio intelectual, meio de esquerda, por isso freqüento bares meio ruins.
Não sei se você sabe, mas nós, meio intelectuais, meio de esquerda, nos julgamos a vanguarda do proletariado, há mais de 150 anos. (Deve ter alguma coisa de errado com uma vanguarda de mais de 150 anos, mas tudo bem).
No bar ruim que ando freqüentando nas últimas semanas o proletariado é o Betão, garçom, que cumprimento com um tapinha nas costas acreditando resolver aí 500 anos de história.
Nós, meio intelectuais, meio de esquerda, adoramos ficar "amigos" do garçom, com quem falamos sobre futebol enquanto nossos amigos não chegam para falarmos de literatura.
"Ô Betão, traz mais uma pra gente", eu digo, com os cotovelos apoiados na mesa bamba de lata, e me sinto parte do Brasil.
Nós, meio intelectuais, meio de esquerda, adoramos fazer parte do Brasil, por isso vamos a bares ruins,que tem mais a cara do Brasil que os bares bons, onde se serve petit gateau e não tem frango à passarinho ou carne de sol com macaxeira que são os pratos tradicionais de nossa cozinha.
Se bem que nós, meio intelectuais, quando convidamos uma moça para sair pela primeira vez, atacamos mais de petit gateau do que de frango à passarinho, porque a gente gosta do Brasil e tal, mas na hora do vamos ver uma europazinha bem que ajuda.
A gente gosta do Brasil, mas muito bem diagramado. Não é qualquer Brasil.
Assim como não é qualquer bar ruim.
Tem que ser um bar ruim autêntico, um boteco, com mesa de lata, copo americano e, se tiver porção de carne de sol, a gente bate uma punheta ali mesmo.
Quando um de nós, meio intelectuais, meio de esquerda, descobre um novo bar ruim que nenhum outro meio intelectual, meio de esquerda freqüenta, não nos contemos: ligamos pra turma inteira de meio intelectuais, meio de esquerda e decretamos que aquele lá é o nosso novo bar ruim.
Porque a gente acha que o bar ruim é autêntico e o bar bom não é, como eu já disse.
O problema é que aos poucos o bar ruim vai se tornando cult, vai sendo freqüentado por vários meio intelectuais, meio de esquerda e universitárias mais ou menos gostosas.
Até que uma hora sai na Vejinha como ponto freqüentado por artistas, cineastas e universitários e nesse ponto a gente já se sente incomodado e quando chega no bar ruim e tá cheio de gente que não é nem meio intelectual, nem meio de esquerda e foi lá para ver se tem mesmo artistas, cineastas e universitários, a gente diz: eu gostava disso aqui antes, quando só vinha a minha turma de meio intelectuais, meio de esquerda, as universitárias mais ou menos gostosas e uns velhos bêbados que jogavam dominó.
Porque nós, meio intelectuais, meio de esquerda, adoramos dizer que freqüentávamos o bar antes de ele ficar famoso, íamos a tal praia antes de ela encher de gente, ouvíamos a banda antes de tocar na MTV.
Nós gostamos dos pobres que estavam na praia antes, uns pobres que sabem subir em coqueiro e usam sandália de couro, isso a gente acha lindo, mas a gente detesta os pobres que chegam depois, de Chevete e chinelo Rider.
Esse pobre não, a gente gosta do pobre autêntico, do Brasil autêntico.
E a gente abomina a Vejinha, abomina mesmo, acima de tudo.
Os donos dos bares ruins que a gente freqüenta se dividem em dois tipos: os que entendem a gente e os que não entendem.
Os que entendem percebem qual é a nossa, mantém o bar autenticamente ruim, chamam uns primos do cunhado para tocar samba de roda toda sexta-feira, introduzem bolinho de bacalhau no cardápio e aumentam em 50% o preço de tudo.
Eles sacam que nós, meio intelectuais, meio de esquerda, somos meio bem de vida e nos dispomos a pagar caro por aquilo que tem cara de barato.
Os donos que não entendem qual é a nossa, diante da invasão, trocam as mesas de lata por umas de fórmica imitando mármore, azulejam a parede e põem um som estéreo tocando reggae.
Aí eles se fodem, porque a gente odeia isso, a gente gosta, como já disse algumas vezes, é daquela coisa autêntica, tão brasileira, tão raiz.
Não pense que é fácil ser meio intelectual, meio de esquerda, no Brasil!
Ainda mais porque a cada dia está mais difícil encontrar bares ruins do jeito que a gente gosta, os pobres estão todos de chinelo Rider e a Vejinha sempre alerta, pronta para encher nossos bares ruins de gente jovem e bonita e a difundir o petit gateau pelos quatro cantos do globo.
Para desespero dos meio intelectuais, meio de esquerda, como eu que, por questões ideológicas, preferem frango a passarinho e carne de sol com macaxeira (que é a mesma coisa que mandioca mas é como se diz lá no nordeste e nós, meio intelectuais, meio de esquerda, achamos que o nordeste é muito mais autêntico que o sudeste e preferimos esse termo, macaxeira, que é mais assim Câmara Cascudo, saca?).
- Ô Betão, vê um cachaça aqui pra mim. De Salinas quais que tem?

quarta-feira, 28 de abril de 2010

My Girl

The Temptations (vídeo acima) na virada Cultural 2010!!!!!

Confira a programação:

http://ultimosegundo.ig.com.br/cultura/virada+cultural+e+ampliada+em+2010/n1237597916416.html

terça-feira, 6 de abril de 2010

Versos sem título!

Nessa manhã chuvosa acordei apaixonada.
Em meio a tantas coisas a fazer só penso em nunca nada mudar.
Na bagunça da minha cabeça quero você em mim grudada
E você centrado buscando um objeto em algum lugar...

Claro que eu sou desligada
E nunca termino meus afazeres
E mesmo sem dizer nada
Você contempla os meus prazeres

Preciso de coisas novas
Pra nada ficar morno
Por isso uso palavras
E enquanto espero o almoço

Tentando fazer um poema
Pra controlar o meu fogo
Percebo que faço teoremas
E você mosca de novo....

quarta-feira, 24 de março de 2010

Se numa noite clara não me notas...

Existem coisas que me deixam muito chateadas:
Telefones celulares enganadores, falta de coragem, nebulosidade...

Coisas que deixamos pra resolver uma semana depois;
Coisas mornas...

Mas o pior é estar de mãos atadas.

" Mas se tu queres deixar tudo como está,
Não prometo no fogo minhas mãos deixar.
Faço minhas malas não demoro a partir
Mas parto olhando
Pra ver ser tu vais me seguir..."

segunda-feira, 22 de março de 2010

"Eu perco o chão,
Eu não acho as palavras.
Eu ando tão triste
Eu ando pela sala
Eu perco a hora
Eu chego no fim
Eu deixo a porta aberta
Eu não moro mais em mim
Eu perco as chaves de casa
Eu perco o freio..."

... eu sei é lá...

quinta-feira, 4 de março de 2010

Amor à moda antiga

Boneca de trapo, pedaço da vida
Que vive perdida no mundo a rolar
Farrapo de gente que inconsciente
Peca só por prazer, vive para pecar

Boneca, eu te quero com todo pecado
Com todos os vícios, com tudo, afinal
Eu quero esse corpo que a plebe deseja
Embora, ele seja prenúncio do mal

Boneca noturna que gosta da lua
Que é fã das estrelas e adora o luar
Que sai pela noite e amanhece na rua
E há muito não sabe o que é luz solar

Boneca vadia de manha e artifícios
Eu quero para mim seu amor, só porque
Aceito seus erros, pecados e vícios
Pois, na minha vida, meu vício é você

Adelino Moreira

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Tributo à tristeza




Todo mundo fica triste. Parece que não podemos ficar tristes sem motivo.


Precisamos estar felizes por ter saúde, por ter um amor, por ser jovem, por ter um lar...


Mas a tristeza pega a todos.


A sociedade sem poesia vende uma felicidade vazia:


10 dicas para ser feliz no amor;


10 dicas para ser feliz na labuta;


10 dicas para ter um corpo perfeito... para ser mais feliz...


Mas o que seria da poesia sem solidão?


O que seria da filosofia sem a melancolia?


O que seria da felicidade sem a tristeza?


Fico satisfeita com meus dias frios, em que paro pra pensar nas angústias da vida.


Amo não querer estar neste mundo, pois é desse amor sofrido que invento o meu mundo pra me distrair.


O amor é meio tristeza e meio felicidade.


Ele é denso.


Ele é suave.


Chega até a ser refrescante...


Machuca pra curar.


E nesse chove e não molha, ele encanta os apaixonados e perturba os centrados.




No fim desse dia tão triste que tive, agradeço por ser triste pelo menos por hoje.








segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Retornar


Montanhas, desertos, lagos, lagoas...

Comemorando uma nova era.

O melhor de viajar é ter alguém para pensar e sorrir sozinha com as lembranças, olhando a paisagem na janela.

Saber que ao voltar vai haver uma festa, nossa festa.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Turistas muchileiros!

Ñ tem nada mais bizarro que turista muchileiro.
Eles compram coisas que ñ vao usar e se tranveste de nativo de uma forma que nem os nativos se vestem.
Look de Muchileiro na balada da Bolivia:
Meninas: calça de caminhada, polaina, bota de caminhada impermeável, e varias sobreposicoes ( argentinas style), fora claro alguma peça de llama - brincos, pulceiras ou as proprias polainas.
Meninos: calça que tira uma parte e vira short, bota de caminhada impermeável, toca de llama...

Perdemos a noçao de estética. Quando eu iria sair por aí na rua com uma calça roxa, blusa laranja, camisa verde escrito " hoja de coca no es droga", brincos de llama, cachicol colorido e colar com pingente de monolito???

Cenas incriveis, em Uyuni varias menininhas tomando cerveza num copo que é um indigina com um pênis gigante, adivinha onde é o canudo do copo de turista??

E os regalos???

Quadrinhos do deus sol, portal do sol, e muitas llamas... Nessa febre de llama, ñ sei como vou usar tanto acessorio de llama em Sampa. rs

Cristina desenbarcando em em Sao Paulo depois de um mês na Bolivia:
Mochilao, blusa laranja, pq ñ cabe na mochila, chapel roxo com temas indigenos ( porque ñ cabe na mochila), pale chuva ( instrumento indigena para o namorado), bolsa de llama para levar os regalos que ñ cabem na mochila, brincos de llama, bolsa de tapete, todas as bijoterias que ganhamos de "bicho-glilos" do Brasil que encontamos viajando... Sorte que ñ tinha o cocar da Anabela porque assim meu look ficaria completo!

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Sucre - Potosi

Finalmente sai de Santa Cruz no dia 03 de Janeiro. Peguei 17 horas de estrada com uma vista de tirar o folego de montanhas imensas. Fiquei com muito frio na barriga por conta da estrada perigosa que pegamos. O onibus seguia rente ao despenhadeiro, e iamos subindo cada vez mais alto entre as montanhas, nada ao redor, so as montanhas. Quando ñ tinha mais o que subir, e parecia que estava a caminho das nuvens, chegamos a Sucre - a ciudad blanca. Uma cidadezinha no meio das montanhas, toda colonial e quase todos os predios brancos. Sucre é a capital constitucional da Bolívia, e deve ser também a capital cultural. Digamos que seja uma cidade cult, apesar de ñ ter cinemas, tem muitos museus, cafés, gostei muito de um café biblioteca que tinha lá. Também conheci o sitio arqueológico de Sucre, em que foi encontrado os ultimos vestigos de dinossauros mas, na minha opiniao, tem coisas mais interessantes para conhecer em Sucre.
Potosi e Sucre sao muito ligados, Potosi foi o centro da riquesa da Bolívia durante muitos seculos, e por conta do clima mais agradável Sucre era a moradia preferiada tantos dos trabalhadores, e da burguesia e nobreza.
Fiquei duas noites e tres dias em Sucre e parti para Potosi, a Vila Rica. Desta vez peguei apenas 4 horas de estrada, e no caminho já pude ver e sentir a diferenca para a cidade anterior. As montanhas era mais arida, com muito pó no caminho, e os bairros do caminhos pareciam de filme de velho oeste. Em tres horas subi mais de 3 mil pes do nivel do mar, a cabeca já comecava a pesar. Chegamos a Potosi, a cidade mais alta do mundo. Apesar de Potosi ser a Vila Rica por conta da estracao de minerios da montanha Cerro Rico, a populacao é muito pobre e tanto como em Sucre, mal dá pra andar na rua sem ser abordado muitas vezes por pessoas pedindo esmola, sempre indigenas.
Potosi é londa! Mesmo sendo muito arenosa e cheia de poeira, a vista da cidade em cima das montanhas é lindo, tudo marrom e tambem com predios coloniais. As ruazinhas estreitas e de paralelepipedo parece Jerusalém. Aqui tem muitas coisas interessantes como a minha que funciona desde o seculo 17, a Casa real del la moneda, em que conta a história da exploracao da Espanha na montanha Cerro Rico, e o trabalho escravo de africanos e nativos prisioneiros na fabricacao de moedas de prata e ouro em Potosi.
Cheguei a subir no Cerro Rico mas logo me deu dor de cabeca e tive que descer, lá cheguei a ficar mais de 4000 metros do nivel do mar...

Enfim, Sucre e Potosi, tinhas muitos turistas, os cardápios na maioria das vezes tinham traducao em ingles. Alem de ter encontrado muitos argentinos, a Argentina fica proxima de Potosi.
Hoje estou indo para Uyuri, onde tem o Salar, um deserto de sal...

Até o proximo post!

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Minuto saudade, parte II

Tanto tempo longe de você
Quero ao menos lhe falar
A distância não vai impedir
Meu amor de lhe encontrar
Cartas já não adiantam mais
Quero ouvir a sua voz
Vou telefonar dizendo
Que eu estou quase morrendo
De saudades de você
Eu não sei por quanto tempo eu
Tenho ainda que esperar
Quantas vezes eu até chorei
Pois não pude suportar
Para mim não adianta
Tanta coisa sem você
E então me desespero
Por favor meu bem eu quero
Sem demora lhe falar
Eu te amo, eu te amo, eu te amo
Mas o dia que eu puder lhe encontrar
Eu quero contar
O quanto sofri por todo esse tempo
Que eu quis lhe falar
Eu te amo...


Para el Marinho

domingo, 3 de janeiro de 2010

Santa Cruz Del La Sierra

Estou na Bolivia desde o dia 29 de Dezembro e hoje que consegui sair de Santa Cruz. Conselho: nunca queira viajar na Bolivia no feriado, ate dois dias antes e ate dois dias depois. ¡No hay passajen! Passamos o fim de ano em santa cruz e por sorte encontramos uns brasileiros por aqui, bebemos e cantamos na praca central da cidade que e o melhor lugar para ir em Santa Cruz Del La Sierra. Aqui e como Sao Paulo, uma cidade muito grande com muita desigualdade social. Aqui empera a buguersia, em uma rua que se chama Monte Señor Rivero vimos varias limosines, e muito luxo. E bem nitido, os ricos sao brancos e os pobres sao os indigenas. Muito flanelinha, marretero, pedinte, criancas indigenas dancando para gringo em troca de trocados - muito triste. Os indigenas sao tratados como animais e tudo e feito para se diferenciar deles. Em um pais que o salario minimo e por volta de 600 bolivianos ( equivalente a pouco menos de 200 reais) vimos vinho do cardapio de mais de 2000 bolivianos. Passamos o ano novo ma praca por que no centro se pagava muito caro para ficar nos estabelecimentos. Muitos lugares tinha que se pagar por volta de 90 dolares para sentar na mesa do bar. Porem ficamos hospedadas por uns 10 reais a diaria perto da rodoviaria, mas la e um lugar bem perigoso longe do centro e bem mais barato. la vive a parte pobre de Santa Cruz, os indigenas. e muito nitida a diferenca das duas partes da cidade. Comemos Pollo con Papas fritas ( frango com batatas fritas, acompanhado de arroz) por 10 bolivianos, refresco por 3 bolivianos na regiao perto do terminal e tomamos Cerveza Corona, e Muita Paceña,todas garrafinhas pequenas(cerveja premiada mundialmente tipica de La Paz) na Monte Señoir Rivero por 10 a 15 bolivianos cada. Mas também frequentamos os risca-facas daqui ( claro ñ sozinha, fizemos amizade com um brasileiro aqui e um narivo local que nos acompanhavam) e bebemos muita paceña de 600 ml por 10 bolivianos. Comemos Sonso ( pure de mandioca com queijo qualho, uma delicia), Empanadas de carne e presunto com queijo (tipo uma fogassa), Salteña ( uma empanada doce com recheio de frango ou carne com um molho agridoce, cafe da manha tipico)e muito Pollo con papas!! Come-se muito frango aqui, e impressionante.

Existem muitos perigos na Bolivia, mas isso merece um post exclusivo, colocarei em breve!

Atencao: nao estou acentuando os posts porque ñ estou habituada com o teclado.

Hasta luego!!

Besos